Com café tomado, malas amarradas na moto (quase) e check-out feito era hora de sairmos, agora em 3 motos destino a SP, 454km de trecho.
Tão logo saímos da cidade de Curitiba, percebemos
que este que vos escreve não amarrou as malas corretamente na moto, pausa para
prender e impedir que fossem ao chão, afinal imaginem o perigo de algo se
soltar e cair numa rodovia...
O dia estava ótimo, a viagem rendeu e pudemos
aproveitar bastante o caminho. Desta vez a BR-116 era duplicada, o que
facilitava o trabalho. Outro ponto que tínhamos a nosso favor e que eu não
havia citado ainda eram os intercomunicadores.
Durante toda a viagem podíamos nos comunicar sem a
necessidade de gesticular ou abrir a viseira e ficar gritando tentando se fazer
entender. Bastava um clique que o canal de comunicação se abria e se
quiséssemos podíamos ir conversando a viagem toda. O uso dos intercomunicadores
também servia de alerta, sempre avisando de trechos perigosos, buracos,
motoristas com atitude babaca realizando ultrapassagens perigosas. Por fim, o
intercomunicador aliado ao celular nos permitia o uso do GPS, receber
coordenadas para locais sem que precisássemos parar a moto para consultar o
mapa.
Voltando à estrada. Tudo correu bem durante o
trecho de serra. Nos arredores de Miracatu tivemos o primeiro e único grande
susto da viagem, infelizmente não registrado pelas câmeras. Poucos instantes
antes de realizar a ultrapassagem em uma cegonheira, eu (TOG) fui surpreendido
por uma placa de metal de aproximadamente um metro quadrado, que saiu da
carroceria do caminhão e veio voando em trajetória errática (por causa do
vento) em minha direção. Escutei o grito dos colegas no intercomunicador, mas
não lembro o que eles disseram. Lembro somente de frear não tão bruscamente a
ponto de não ter controle da moto e procurar uma trajetória que não fosse de
encontro àquela placa.
Não tinha jeito, ia bater, o problema era onde. Depois
de flutuar no ar, a placa já estava na altura do meu pneu, então endireitei a
moto e me preparei para o impacto. A placa bateu na moto e foi para o chão, logo
à direita, onde estava vindo o Angelão. Ele viu a placa indo em sua direção,
mas por sorte ela caiu no chão e ele passou por cima dela.
Hora de parar as motos, recuperar dos sustos e verificar
se todas as peças íntimas estavam asseadas. Verificamos os pneus das motos,
fizemos inspeções visuais e pudemos perceber que a placa bateu no meu
mata-cachorros, em frente o meu pé. Em resumo, se eu não tivesse o mata
cachorros poderia não ter o pé hoje. Bom, a vida é assim. Susto passado, bola
pra frente.
Muito se discute sobre o perigo de andar de moto. Sim,
há perigo, mas atitudes responsáveis diminuem bastante estes riscos.
Principalmente não achar que rodovia é pista de corrida. Nós estávamos em
velocidade compatível (100, 110 km/h); esta velocidade permitiu que tivéssemos
tempo para frear e raciocinar a melhor trajetória para evitar o acidente.
Segue viagem. Para evitar mais riscos, evitamos
novamente a Serra do Cafezal. Saímos na região de Miracatu sentido Peruíbe,
onde fomos pela BR-101 até a famosa rodovia dos Imigrantes, SP-160.
Da mesma forma que no primeiro dia da viagem, a
rodovia dos imigrantes nos proporcionou um caminho muito bonito e tranquilo,
tanto no trecho de serra quanto no de planalto. A ansiedade aumentava,
estávamos perto de casa.
Despedimo-nos em um posto de gasolina, um até
logo, obrigado, foi muito bom e inesquecível. Cada um então tomou seu caminho
de casa. Era o fim da jornada, fim da expedição Uruguapos 2018. Desta vez o
check-in seria em casa, nossa família, nosso chuveiro, nosso sofá, nossa cama.
Parabéns pelos relatos. Que venha a proziprviagem, os próximos perrengues, as próximas milhas.
ResponderExcluirE e o melhor, com a cia de vossa senhoria.
ResponderExcluirSensacional, meus amigos!!! Parabéns pela aventura, que venha a próxima.
ResponderExcluirAbraço.