06/05 - URUGUAPOS - Dia 17 - Capítulo Final



Com café tomado, malas amarradas na moto (quase) e check-out feito era hora de sairmos, agora em 3 motos destino a SP, 454km  de trecho.

Tão logo saímos da cidade de Curitiba, percebemos que este que vos escreve não amarrou as malas corretamente na moto, pausa para prender e impedir que fossem ao chão, afinal imaginem o perigo de algo se soltar e cair numa rodovia...

O dia estava ótimo, a viagem rendeu e pudemos aproveitar bastante o caminho. Desta vez a BR-116 era duplicada, o que facilitava o trabalho. Outro ponto que tínhamos a nosso favor e que eu não havia citado ainda eram os intercomunicadores.

Durante toda a viagem podíamos nos comunicar sem a necessidade de gesticular ou abrir a viseira e ficar gritando tentando se fazer entender. Bastava um clique que o canal de comunicação se abria e se quiséssemos podíamos ir conversando a viagem toda. O uso dos intercomunicadores também servia de alerta, sempre avisando de trechos perigosos, buracos, motoristas com atitude babaca realizando ultrapassagens perigosas. Por fim, o intercomunicador aliado ao celular nos permitia o uso do GPS, receber coordenadas para locais sem que precisássemos parar a moto para consultar o mapa.

Voltando à estrada. Tudo correu bem durante o trecho de serra. Nos arredores de Miracatu tivemos o primeiro e único grande susto da viagem, infelizmente não registrado pelas câmeras. Poucos instantes antes de realizar a ultrapassagem em uma cegonheira, eu (TOG) fui surpreendido por uma placa de metal de aproximadamente um metro quadrado, que saiu da carroceria do caminhão e veio voando em trajetória errática (por causa do vento) em minha direção. Escutei o grito dos colegas no intercomunicador, mas não lembro o que eles disseram. Lembro somente de frear não tão bruscamente a ponto de não ter controle da moto e procurar uma trajetória que não fosse de encontro àquela placa.

Não tinha jeito, ia bater, o problema era onde. Depois de flutuar no ar, a placa já estava na altura do meu pneu, então endireitei a moto e me preparei para o impacto. A placa bateu na moto e foi para o chão, logo à direita, onde estava vindo o Angelão. Ele viu a placa indo em sua direção, mas por sorte ela caiu no chão e ele passou por cima dela.


Hora de parar as motos, recuperar dos sustos e verificar se todas as peças íntimas estavam asseadas. Verificamos os pneus das motos, fizemos inspeções visuais e pudemos perceber que a placa bateu no meu mata-cachorros, em frente o meu pé. Em resumo, se eu não tivesse o mata cachorros poderia não ter o pé hoje. Bom, a vida é assim. Susto passado, bola pra frente.

Muito se discute sobre o perigo de andar de moto. Sim, há perigo, mas atitudes responsáveis diminuem bastante estes riscos. Principalmente não achar que rodovia é pista de corrida. Nós estávamos em velocidade compatível (100, 110 km/h); esta velocidade permitiu que tivéssemos tempo para frear e raciocinar a melhor trajetória para evitar o acidente.

Segue viagem. Para evitar mais riscos, evitamos novamente a Serra do Cafezal. Saímos na região de Miracatu sentido Peruíbe, onde fomos pela BR-101 até a famosa rodovia dos Imigrantes, SP-160.
Da mesma forma que no primeiro dia da viagem, a rodovia dos imigrantes nos proporcionou um caminho muito bonito e tranquilo, tanto no trecho de serra quanto no de planalto. A ansiedade aumentava, estávamos perto de casa.


Despedimo-nos em um posto de gasolina, um até logo, obrigado, foi muito bom e inesquecível. Cada um então tomou seu caminho de casa. Era o fim da jornada, fim da expedição Uruguapos 2018. Desta vez o check-in seria em casa, nossa família, nosso chuveiro, nosso sofá, nossa cama.



3 comentários:

  1. Parabéns pelos relatos. Que venha a proziprviagem, os próximos perrengues, as próximas milhas.

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  2. E e o melhor, com a cia de vossa senhoria.

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  3. Sensacional, meus amigos!!! Parabéns pela aventura, que venha a próxima.
    Abraço.

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