21/04 - URUGUAPOS – Sábado – Dia 2


A jornada está no começo, ainda estávamos ansiosos. Então, bora acordar cedo, tomar café, arrumar as motos e após um breve papo com o cozinheiro do Hotel, dono de uma Virago 250,  pegar estrada. Mais BR-116 Desta vez até a cidade de Lages-SC, onde pegaríamos a SC-114 até São Joaquim, nosso destino do dia. Um total de 326 km.




Nossas viagens foram calculadas utilizando-se o Google Maps. Porém, não deixamos a quilometragem definir os trechos, fizemos um cálculo de horas gastas, calculando a velocidade média da pista e também procuramos alternar dias mais cansativos com dias de viagem mais tranquila. Somos dois velhinhos presos em pessoas jovens.

Outro trecho muito bonito da BR-116, apesar de muitos caminhões, a vista era recompensadora. Santa Catarina possui uma agricultura forte e muito bem organizada, dava gosto de ver.

As pausas eram estratégicas, sempre em postos de gasolina e locais seguros. Geralmente parávamos de hora em hora ou a cada hora e 15 minutos. Foram 3 paradas até Lages. Depois de Lages apenas mais uma parada para fotos, outra para descanso para então chegarmos em São Joaquim.




Quisera o Angelão ter colocado suas vestes de frio nesta parada de descanso, ao subirmos a serra catarinense, o tempo ia esfriando cada vez mais e a sensação térmica potencializada pelo contato com o vento. Um dia que havia tido uma máxima de 28 graus estava terminando com uma temperatura ambiente de 14, sabe-se lá qual era a tal sensação térmica.




Chegamos na excelente e hospitaleira pousada Monte Carlo logo antes da chuva. Chuva esta que não permitiu que conhecêssemos a cidade e nos obrigou a pedir uma pizza na pousada mesmo. Frio e barriga cheia, só resta uma coisa, cama. Afinal amanhã era dia de conhecer a famosa serra do rio do rastro.




TOG 

20/04 - URUGUAPOS – Sexta Feira – Dia 1




Dormir não foi difícil, na verdade eu fiquei ansioso por tanto tempo que quando realmente chegou a véspera da viagem e ela se tornou iminente e inevitável, eu relaxei e soube usar as horas que me faltavam.

05h45. O relógio desperta, me arrumo e então desço para montar as malas na moto. Elástico para cá, aranha para lá, testa, sacode bagagem, Marilu, tudo preso. Pronto. Marilu? Sim, minha garupa. Amada por muitos, odiada por um (Angelão). Ela também faria parte dessa jornada.

06h30. Café tomado, hora de encontrar o companheiro de jornada Angelão e alguns amigos que iriam acompanhar a dupla por parte do trecho, Piola, Jeff e Inigo. Saio em direção ao Frango Assado da Rodovia dos Imigrantes. O primeiro trecho é até Mafra-SC, bem na divisa com o estado do Paraná, 117 km de Curitiba, 572 km de jornada total para este dia.

Importante parar o texto por aqui para realizar uma denúncia séria, provavelmente só os entendidos do mundo do motociclismo vão entender a gravidade do assunto, mas o bonitão do Angelão esqueceu o colete em casa. Não aprendeu ainda que é para dormir e tomar banho sem tirar o colete.

Resolvemos ir pela rodovia dos Imigrantes, até Peruíbe, onde acessamos a BR-116 logo após a confusa e problemática serra do cafezal. Um risco desnecessário que fiquei feliz em evitar.

O sol da manhã, a serra do mar e uma estrada bem conservada foram nossos companheiros. É impressionante como o contraste do verde da vegetação, o azul do céu e o cinza do asfalto nos traz felicidade, parecem ser nossas três cores primárias.

Logo após uma pausa, na região de Cajati, nossos amigos se deram por satisfeitos e pegaram um retorno para SP. A partir daí começava nossa jornada “sozinhos” até Montevideo.


A viagem foi suave até Curitiba, onde tivemos que enfrentar um anel viário abarrotado de veículos e uma temperatura ambiente alta, atenção redobrada. Depois deste trecho acessamos a novamente a BR-116 e ficamos impressionados com a boa conservação da estrada, mas principalmente com o acostamento e “jardim” lateral. Chamo de jardim, pois as árvores estavam podadas e a grama aparada. Parecia primeiro mundo.




Nossa chegada em Mafra foi por volta das 17 horas, um pouco cansados do primeiro dia mas com os olhos descansados com a bela e sinuosa BR-116 até aquele trecho. Hora de fazer check-in no hotel, descarregar as imagens das câmeras e sair pela cidade até achar um lugar para realizar nossa primeira e única refeição do dia.


Uma das coisas mais legais em viajar é conhecer gente diferente, neste dia conhecemos a Kaká Schwartzmann da Crash TV, que estava catalogando bandas de rock na região, aproveitamos para bater um papo e colocar um adesvio no carro dela.




TOG

Prólogo - Uruguapos 2018



Dias antes da viagem, tomei uso da cama do quarto de hóspedes. Fui colocando todos os itens que eu pretendia levar na viagem, fazendo uma espécie de bagunça organizada, que acalmava minha ansiedade e deixava minha mulher, que é louca por organização, maluca. Acho que no fim ela aceitou, pois sabia que ia ficar livre de mim por uns bons dias.
Na noite anterior da viagem, tudo pronto, organizado e dentro dos alforjes e sacolas.
Faltava o mais difícil: dormir.




TOG

De SP a Foz, a IDA.

Foi de última hora que resolvi encarar uma viagem do grupo de 2200 km entre São Paulo e Foz do Iguaçu. Era no feriado de 9 de Julho, Revo...