Estreando o odômetro.



Esses dias fez um ano que adicionei a categoria A na minha CNH. De todas as coisas boas que aconteceram comigo em 2018, e não foram tantas, ter comprado uma moto, sem dúvida, está entre as melhores. Comecei bem, retomando uma amizade importante, de muitos anos, mas que havia sido separada pelo tempo e pela distância da vida maluca de SP. Distância que hoje é muito menor com a motoca, em diversos sentidos.


Acho que leva um certo tempo entre comprar a moto e se tornar um motociclista. Você começa a conhecer pessoas novas, conversar muito sobre o assunto, até que resolve pegar a estrada com algumas delas, visitar lugares diferentes e até pitorescos. Qualquer motivo é um pretexto pra pegar a estrada.

Antes de comprar a moto, por conta do meu trabalho, tive a oportunidade de fazer um curso de pilotagem urbana e de testar mais de 20 modelos diferentes, o que me ajudou bastante a ter uma opinião formada entre o que eu gostava e o que cabia no meu bolso. Infelizmente, por questões de segurança e praticidade, não dá pra ter qualquer modelo hoje em dia. Optei por uma custom, ou melhor, uma cruiser que me brilhou os olhos. Foi uma compra racional, mas apaixonante!

Descobri que cada motociclista se relaciona de maneira diferente com a moto que, na maioria das vezes, tem até nome. Claudinha, Nigella, Cicciolina... ops, digo, Yasmin! Tem de tudo, cada uma com uma história diferente. A minha se chama Melinda, uma oriental malvadona e porradeira, de uniforme todo preto, talvez você já a conheça. Começa então a surgir a uma relação única e muito particular com as duas rodas.


Vez ou outra a gente se identifica com alguns desses figuras, com outros, nem tanto. Tem do moleque old school ao tio high tech e até o cachorro loko com guidão seca sovaco. Certeza que você já pensou em quem poderiam ser.

No fim do dia, o importante mesmo é rodar, esquentar o asfalto, é quando todo mundo se complementa em torno de uma coisa em comum. Afinal, a gente só conhece quem roda com a gente, não é?

A gente se vê.

E bora pegar a estrada!

De SP a Foz, a IDA.

Foi de última hora que resolvi encarar uma viagem do grupo de 2200 km entre São Paulo e Foz do Iguaçu. Era no feriado de 9 de Julho, Revo...