Dia de chegar no ponto mais ao sul do Brasil,
Chuí. Mesma rotina, café, malas na moto, check-out, estrada.
Abandonamos a BR-116 e fomos pela BR-471. Após
mais ou menos 50 km de jornada, adentramos a reserva ecológica do Taim. Seriam
200 km de uma estrada solitária, com pouquíssimos usuários, postos de gasolina
a cada 60 km e uma reta interminável.
A reserva do Taim é sim muito bonita, a estrada
corta os pampas alagados e por, estar um pouco mais alta, permite que você seja
agraciado com belas paisagens, alagados e pastos; vacas, capivaras e muitas
aves eram os únicos companheiros de viagem. Às vezes podíamos observar uma
mancha preta no acostamento, que quando chegávamos mais perto se víamos o que
realmente era: incontáveis passarinhos, todos pequeninos que ficam no acostamento
comendo os grãos que caem dos caminhões durante o transporte. Em alguns vídeos
vocês poderão ver essa revoada, mas dada a lente angular da câmera, os pássaros
vão parecer pequenos e em menor número.
Em nossa última parada antes de chegar ao Chuí, em
um dos únicos postos de gasolina da região encontramos 4 ciclistas italianos. Os
corajosos começaram a jornada pela América do Sul na Colômbia há 1 ano e meio e
estavam subindo o Brasil sentido Rio de Janeiro. Temi pelas bikes e pela
segurança dos paisanos, desejamos muito boa sorte a eles.
Chuí, enfim. Hotel, check-in e logo saímos para conhecer
a cidade que divide o Brasil do Uruguai. Praticamente apenas a avenida
principal da cidade é asfaltada. A avenida está bem na divisa, de um lado
chamada de Av. Uruguai é o lado brasileiro. O lado uruguaio era Av. Brasil.
Fizemos o câmbio e fomos conhecer um free shop. O
engraçado do Chuí é você andar na rua de terra, pular a poça d’água, correr do
cachorro, dar a volta do carro canibalizado na calçada, desviar do motoqueiro
que passa como louco de havaianas e sem capacete e então entrar em um free shop,
que parecia mais uma loja de departamento norte-americana, tudo limpinho, bem
iluminado, música de elevador e muita, muita coisa para o capitalista
consumista fazer a festa sem pagar impostos. Como bom mineiro, comprei doce de
leite.
Hora de voltar para o hotel, descansar e preparar
para a fronteira e aduana no dia seguinte. Será que tudo vai dar certo?
hahahaha
ResponderExcluirParece que todo free shop de fronteira com o Brasil é parecido.
Parecia que vc tava descrevendo o de Puerto Iguazu, entre Foz do Iguaçu e Paraguai.