24/04 - URUGUAPOS – Terça – Dia 5


Dia de chegar no ponto mais ao sul do Brasil, Chuí. Mesma rotina, café, malas na moto, check-out, estrada.

Abandonamos a BR-116 e fomos pela BR-471. Após mais ou menos 50 km de jornada, adentramos a reserva ecológica do Taim. Seriam 200 km de uma estrada solitária, com pouquíssimos usuários, postos de gasolina a cada 60 km e uma reta interminável.



A reserva do Taim é sim muito bonita, a estrada corta os pampas alagados e por, estar um pouco mais alta, permite que você seja agraciado com belas paisagens, alagados e pastos; vacas, capivaras e muitas aves eram os únicos companheiros de viagem. Às vezes podíamos observar uma mancha preta no acostamento, que quando chegávamos mais perto se víamos o que realmente era: incontáveis passarinhos, todos pequeninos que ficam no acostamento comendo os grãos que caem dos caminhões durante o transporte. Em alguns vídeos vocês poderão ver essa revoada, mas dada a lente angular da câmera, os pássaros vão parecer pequenos e em menor número.



Em nossa última parada antes de chegar ao Chuí, em um dos únicos postos de gasolina da região encontramos 4 ciclistas italianos. Os corajosos começaram a jornada pela América do Sul na Colômbia há 1 ano e meio e estavam subindo o Brasil sentido Rio de Janeiro. Temi pelas bikes e pela segurança dos paisanos, desejamos muito boa sorte a eles.



Chuí, enfim. Hotel, check-in e logo saímos para conhecer a cidade que divide o Brasil do Uruguai. Praticamente apenas a avenida principal da cidade é asfaltada. A avenida está bem na divisa, de um lado chamada de Av. Uruguai é o lado brasileiro. O lado uruguaio era Av. Brasil.


Fizemos o câmbio e fomos conhecer um free shop. O engraçado do Chuí é você andar na rua de terra, pular a poça d’água, correr do cachorro, dar a volta do carro canibalizado na calçada, desviar do motoqueiro que passa como louco de havaianas e sem capacete e então entrar em um free shop, que parecia mais uma loja de departamento norte-americana, tudo limpinho, bem iluminado, música de elevador e muita, muita coisa para o capitalista consumista fazer a festa sem pagar impostos. Como bom mineiro, comprei doce de leite.
Hora de voltar para o hotel, descansar e preparar para a fronteira e aduana no dia seguinte. Será que tudo vai dar certo?




Um comentário:

  1. hahahaha
    Parece que todo free shop de fronteira com o Brasil é parecido.
    Parecia que vc tava descrevendo o de Puerto Iguazu, entre Foz do Iguaçu e Paraguai.

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