Ficamos hospedados na casa da família de um nos
integrantes de nosso grupo. Como é bom ficar em casa de família! Apesar de
momentos de timidez e falta de intimidade, é surpreendentemente bom sentir que
as pessoal realmente se importam com o seu bem-estar. Obrigado, dona Célia,
Leandro, Rose.
O destino do dia era a cidade de Pelotas. A
princípio, 270 km não parecia ser muito, e mais uma vez não confiamos apenas na
quilometragem; o Google Maps bem que avisou que leva-se em média 4 horas para
fazer este trecho.
Saímos de Porto alegre por volta de 9 da manhã,
passamos na famosa ponte do Guaíba e depois pela Ilha das Flores (lembram do
filme?). Poucos quilômetros após este trecho a estrada deixa de ser duplicada e
passa a ser uma pista simples abarrotada de caminhões e o asfalto com mais
remendos do que uma pavimentação propriamente dita.
Nossas motos são Custom e famosas por não terem
uma das melhores suspensões dentre todas as motos. Por causa do comando
avançado também não conseguimos ficar em pé na moto, para descansar a bunda ou
mesmo aliviar que o balanço do asfalto cansasse a coluna.
Se alguém pergunta, então por que vocês andam de
Harley? Porque não é uma moto visada por bandidos, não quero ter que me
preocupar se olhar pelo retrovisor e encontrar dois caras em uma moto. Outro
motivo é que amamos estas motos, simples assim. São barulhentas, difíceis de
manobrar, pesadas, motor exageradamente forte com muito torque e beberronas. São
perfeitas.
Voltando à estrada, os remendos continuavam, os
caminhões também e a paisagem não ajudava, não era um trecho bonito. Angelão
também tinha outro motivo para estar odiando este trecho em particular da
jornada no dia anterior ele começou a sentir um incômodo em seu capacete, que
se tornou uma dor de cabeça com momentos que tornavam o uso do capacete
insuportável. À medida que parávamos para descanso, também retalhávamos o
isopor e o revestimento interno do capacete, procurando encontrar o ponto de
incômodo e conseguir algum alívio.
Chegamos em pelotas e não tivemos dúvida: fomos
direto para uma loja de acessórios de moto, onde ficamos um bom tempo para
escolher e testar um capacete que resolvesse o problema do Ângelo. Problema
resolvido, era hora de ir para o hotel, check-in, e depois procurar um bar para
comer uma carninha dos pampas acompanhando uma Polar (só uma, porque ô cerveja
ruim!).
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