Dormir não foi difícil, na verdade eu fiquei
ansioso por tanto tempo que quando realmente chegou a véspera da viagem e ela
se tornou iminente e inevitável, eu relaxei e soube usar as horas que me
faltavam.
05h45. O relógio desperta, me arrumo e então desço
para montar as malas na moto. Elástico para cá, aranha para lá, testa, sacode bagagem,
Marilu, tudo preso. Pronto. Marilu? Sim, minha garupa. Amada por muitos, odiada
por um (Angelão). Ela também faria parte dessa jornada.
06h30. Café tomado, hora de encontrar o
companheiro de jornada Angelão e alguns amigos que iriam acompanhar a dupla por
parte do trecho, Piola, Jeff e Inigo. Saio em direção ao Frango Assado da
Rodovia dos Imigrantes. O primeiro trecho é até Mafra-SC, bem na divisa com o
estado do Paraná, 117 km de Curitiba, 572 km de jornada total para este dia.
Importante parar o texto por aqui
para realizar uma denúncia séria, provavelmente só os entendidos do mundo do
motociclismo vão entender a gravidade do assunto, mas o bonitão do Angelão
esqueceu o colete em casa. Não aprendeu ainda que é para dormir e tomar banho
sem tirar o colete.
Resolvemos ir pela rodovia dos Imigrantes, até
Peruíbe, onde acessamos a BR-116 logo após a confusa e problemática serra do
cafezal. Um risco desnecessário que fiquei feliz em evitar.
O sol da manhã, a serra do mar e uma estrada bem
conservada foram nossos companheiros. É impressionante como o contraste do
verde da vegetação, o azul do céu e o cinza do asfalto nos traz felicidade,
parecem ser nossas três cores primárias.
Logo após uma pausa, na região de Cajati, nossos
amigos se deram por satisfeitos e pegaram um retorno para SP. A partir daí começava
nossa jornada “sozinhos” até Montevideo.
A viagem foi suave até Curitiba, onde tivemos que
enfrentar um anel viário abarrotado de veículos e uma temperatura ambiente
alta, atenção redobrada. Depois deste trecho acessamos a novamente a BR-116 e
ficamos impressionados com a boa conservação da estrada, mas principalmente com
o acostamento e “jardim” lateral. Chamo de jardim, pois as árvores estavam
podadas e a grama aparada. Parecia primeiro mundo.
Nossa chegada em Mafra foi por volta das 17 horas,
um pouco cansados do primeiro dia mas com os olhos descansados com a bela e
sinuosa BR-116 até aquele trecho. Hora de fazer check-in no hotel, descarregar
as imagens das câmeras e sair pela cidade até achar um lugar para realizar
nossa primeira e única refeição do dia.
Uma das coisas mais legais em viajar
é conhecer gente diferente, neste dia conhecemos a Kaká Schwartzmann da Crash
TV, que estava catalogando bandas de rock na região, aproveitamos para bater um
papo e colocar um adesvio no carro dela.
TOG
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